terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Momentos de muita dor.


Logo que mudamos de quarto eu recebi um monte de recomendações, que tivéssemos muito cuidado por risco de infecção hospitalar. Todos que chegasse da rua e fossem visitá-la teria que usa mascara, luvas e capa a única pessoa que estava isenta de usar todas essas coisas era eu e minha mãe por não saiamos do quarto.
Foram muitos dias.....dias difíceis, eu minha mãe revezávamos os horários no principio ficávamos as duas, mais os dias foram se estendendo decidimos fazer um revezamento pois nenhuma de nos estávamos descansando, quando eu passava o dia minha mãe ficava a noite, eu ficava o dia inteiro ao lado dela conversando, beijando-a passando todo o meu amor para ela, todos que entravam no quarto para medicar ou uma consulta de rotina dizia para eu me sentar, ir embora pra casa descansar pois ela não me ouvia e se me ouvisse não entendia nada do que falava, mais eu orava o tempo todo e profetizava sobre ela que aquele ossos de vale seco seria visitado, que o vento do Espírito de Deus sopraria sobre a vida dela e nunca deixava ela sozinha, nem para ir ao banheiro, almoçar tomar um ar, sempre estava com ela e quando eu saia a vovó estava lá.
Quando chegava a noite não era diferente logo após a visita noturna era a hora do banho, as auxiliares vinham com a água quentinha me perguntavam se a temperatura estava boa, me pediam para desocupar a cama para iniciar o banho, eu já ia tirando as coisas dela, os lençóis que ela se cobria era os dela de casa, as mantinhas, as bonecas, já estávamos a tanto tempo no hospital que o quarto ficou cheio de fotos e coisas que deixaria em um ambiente mais parecido com nossa casa. Dávamos o banhinho (eu ajudava) e logo que acabava passávamos olinho, creme no corpinho dela as auxiliares medicava, logo após eu ficava ao lado da cama a noite intera alisando o seu rostinho e olhando para o monitor que controlava os batimentos, saturação, PA e etc essa era as horas mais difíceis..... elas pareciam ser intermináveis, cada vez que a saturação caia eu saia desesperada chamando pelos fisioterapeutas, cada vez que caia ou subia demais os batimentos cardíacos eu chorava e perguntava para Deus por que nos tinha que passar por toda aquela situação que parecia interminável. Dez dias após a cirurgia de hidrocefalia fomos informados que o hospital tinha um protocolo que precisava ser seguido, que após 20 dias os pacientes infantis que tivessem com o respirador teriam que fazer a cirurgia de traque ostomia....não conseguia pensar em outra coisa e orar muito .Quando chegou a vigésimo dia eu comecei a pedir para toda a equipe medica por favor para dar a ela mais alguns dias, pois eu sabia que ela iria conseguir respirar sem ajuda dos aparelhos e assim eu consegui adiar a cirurgia por mais algum tempo, neste meio tempo a Rayssa começou a apresentar um quadro de hipertensão a PA dela chega ao pico de 17 por 12 e ela começou a ter dores de cabeça que durava o dia e a noite intera com batimentos de 180 por minuto (o normal para uma criança na idade da Ra (4 anos) é de 70 / 88. Ela era medicada com tramau (medicamento muito forte utilizado para pacientes com muita dor, do tipo fratura, tumores nos ossos etc) e mais um monte de medicamentos associados para dor, ate calmante e nada parava, havia horas de eu encostar no canto do quarto e chorar pois não havia mais palavras para orar, eu pedia misericórdia para Deus pois eu sabia que a dor era terrível e quando passava a dor depois de muitas horas ou ate de um dia para outro o semblante dela mudava para um semblante de cansaço de tanta dor .

Desculpem-me vou para por aqui, Sei que estou demorando em postar sobre o assunto mais rogo pela compreensão de todos.

Fiquem na Paz de Jesus

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